A possível candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República em 2026, indicada por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), gerou reações imediatas no cenário político e econômico brasileiro. Segundo análise de Creomar de Souza, CEO da consultoria Dharma, durante participação no programa WW, a movimentação política ativou uma crise no mercado financeiro, mas representa uma estratégia para manter o legado do bolsonarismo.
De acordo com o especialista, o objetivo principal é transformar a eleição presidencial de 2026 em um grande plebiscito sobre a figura de Bolsonaro. “Ao bolsonarismo importa transformar a eleição de 2026 em um grande plebiscito sobre a figura de Jair Bolsonaro”, afirmou Creomar. A estratégia passaria por “manter o legado do bolsonarismo com um nome na chapa que seja Bolsonaro e que tenha ligação direta ao ex-presidente”.
Teste de viabilidade nos próximos meses
Nos próximos meses, segundo o analista, Flávio deverá realizar um “teste de fadiga” de seu nome e pré-candidatura. Este processo servirá para medir “quanto apoio será recebido, quantas pessoas se aproximarão ou se afastarão dele efetivamente”. Creomar ressaltou que, para o clã Bolsonaro, mais importante que os movimentos do mercado financeiro são os movimentos dos grupamentos políticos.
A análise indica que a pré-candidatura do senador atenderia a múltiplos interesses no cenário político brasileiro. “Uma eventual candidatura de Flávio atende a muitos interesses. Ao da família Bolsonaro, ao do lulopetismo, que tem um rival em que se pode realimentar a ideia de polarização”, explicou o especialista. Além disso, também beneficiaria “muitos grupos do Centrão, que podem concentrar os seus recursos na eleição que hoje é a mais importante do sistema político que a do Legislativo”.
O anúncio da possível candidatura ocorreu sem uma estratégia ou articulação prévia claramente estabelecida. A notícia surgiu inicialmente através de fontes não oficiais e foi ganhando repercussão ao longo do dia. Com as chapas eleitorais precisando estar definidas até março do próximo ano, os próximos dez meses serão decisivos para determinar a viabilidade política do nome de Flávio Bolsonaro para a disputa presidencial.
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